Com o triunfo do River Plate na Libertadores da América, que bateu o Boca Juniors, no último domingo (09), saiu o representante que faltava para o início do Mundial de Clubes. A competição, assim como nos 9 anos anteriores, mantém a sua fórmula de disputa, com a presença do campeão nacional do país-sede complementando o chaveamento. O palco, pela quarta vez, será os Emirados Árabes Unidos. Seis equipes vão fazer de tudo para tentar desbancar o favoritismo que é nítido do Real Madrid. Conheça as sete equipes e o caminho que trilharam para chegar ao torneio:
AL AIN
Uma das equipes mais vitoriosas de seu país, o Al Ain chega ao Mundial de Clubes graças ao título nacional. O time, que já conquistou a Ásia uma vez, em 2003, faturou este ano o décimo terceiro caneco da Liga Emiradense. Um dado curioso é a passagem de jogadores e treinadores brasileiros pelo clube. Michel Bastos e Emerson Sheik (naturalizado catariano), por exemplo, atuaram com esta camisa. E Alexandre Gallo, Toninho Cerezo e Tite, atual técnico da seleção brasileira, já foram comandantes. O clube da cidade sede, atualmente, tem apenas um brasileiro no elenco, Caio Fernandes, que foi revelado pelo São Paulo. Ele soma 27 gols pela equipe, desde a sua estreia, em 2016.
Destaque: Marcus Berg
(Artilheiro da equipe na temporada, Berg tem 42 gols em 27 jogos, média de 2,26 / Foto: Divulgação)
TEAM WELLINGTON
Antes de mais nada, é válido salientar que, finalmente, bateram o Auckland City na Oceania. O time da Nova Zelândia, de apenas 14 anos de idade, conquistou o título mais importante de sua história: a Liga dos Campeões da Oceania. O troféu foi levantado em maio deste ano, após superar o Lautoka, das Ilhas Fiji, na final. Em uma fase anterior, venceram o City neozelandês, quebrando uma sequência que poderia ser de oito conquistas seguidas.
Destaque: Mario Barcia
( Meia argentino, que veste a camisa 11, é um dos mais insinuantes na desconhecida equipe neozelandesa / Foto: Divulgação)
ESPÉRANCE
Vinte e oito vezes campeão nacional e quinze conquistas de Copa. A equipe que, no próximo ano, completará 100 anos de existência, chega ao Mundial de Clubes pela segunda vez neste século. Na primeira vez, deixou uma impressão negativa, perdendo para o Al-Sadd (Catar) nas quartas de final e, posteriormente, para o Monterrey (México) na disputa do quinto lugar. Nesta temporada alcançou o tricampeonato continental, vencendo o tradicional Al-Ahly, do Egito, em uma virada memorável (no agregado). Uma curiosidade é que o elenco é formado apenas por jogadores africanos.
Destaque: Saad Bguir
(Saad Bguir, o jovem meia da equipe do Espérance, oscilou bastante entre banco de reservas e onze inicial. Mas terminou a temporada marcando dois gols na final da Liga dos Campeões da África / Foto: Divulgação)
CHIVAS GUADALAJARA
Debutante na competição, o Chivas vai com tradição e muita torcida para os Emirados Árabes. Uma das equipes com maior número de torcedores no mundo, segundo mídias internacionais especializadas neste tipo de pesquisa. O Rojiblanco venceu a Concachampions após bater o Toronto, do Canadá, nos pênaltis. No torneio Apertura, que faz parte da Liga MX, ficou em décimo primeiro, não alcançando os play-offs.
Destaque: Ángel Zaldívar
( Ángel Zaldívar foi o artilheiro da equipe no torneio Apertura, com seis gols marcados / Foto: Divulgação)
KASHIMA ANTLERS
Cheiro de revanche? O time japonês, que esteve no Mundial de Clubes de 2016, agora retorna ainda mais forte. Naquela ocasião, havia sido convidado por ser o país sede. Já neste ano, o Antlers conquistou a Liga dos Campeões da Ásia, ao vencer o Persepolis, do Irã, na decisão. Atualmente, o time japonês tem Zico como coordenador técnico. Ademais, conta com brasileiros no elenco, como, por exemplo, Leandro (ex-Grêmio), Léo Silva (ex-Cruzeiro) e Serginho, que no começo desta temporada atuou com a camisa do América Mineiro. Os dois últimos, inclusive, marcaram os gols do título diante da equipe iraniana.
Destaque: Serginho
(Inteligente e com um pé preciso, meia caiu como uma luva no meio de campo do Antlers / Foto: Divulgação)
RIVER PLATE
A decisão da Copa Libertadores da América durou mais do que deveria, mas no fim o sabor foi especial para os Millonários, que conquistaram o título contra o seu maior rival, o Boca Juniors. A equipe do técnico Marcelo Gallardo, que confirmou recentemente o seu ''fico'', era de fato a melhor do continente. Entretanto, oscilou bastante na sua caminhada. A variação, entretanto, terminou na parte de cima com o quarto título na América. Um time que sabe tocar a bola a medida em que não deixa o seu espírito sul-americano, sempre aguerrido, sumir de suas características.
Destaque: Pity Martínez
(Cérebro da equipe, Martínez afirmou que vai sair do River após o Mundial / Foto: Divulgação)
REAL MADRID
Sem Cr7, mas com o melhor jogador do mundo, Luka Modric, o Real tentará vencer pela terceira vez consecutiva o Mundial de Clubes. A temporada não é das melhores: com a saída do seu mentor, Zinedine Zidane, e do seu principal jogador, Cristiano Ronaldo, os merengues largaram mal no Espanhol e não iniciaram bem na atual Liga dos Campeões da Europa. A caminhada, porém, após a chegada de Santiago Solari, melhorou em boa escala para o time que, agora, ocupa a 4° colocação da La Liga. Não só a sua história, mas o peso de seu elenco pode pesar bastante nesta competição para assegurar mais um triunfo mundial.
Destaque: Gareth Bale
( Sem o craque português, Bale virou a principal opção de gols no time merengue. Foi o heroi da decisão continental contra o Liverpool / Foto: Divulgação)
O Mundial de Clubes tem início na próxima quarta-feira (12), com a partida entre Al Ain (EAU) x Team Wellington (NZL), às 13h30min (Brasília). O vencedor deste confronto vai jogar contra o Espérance (TUN), na fase 2. Mais tarde, quem vencer este duelo joga contra o River Plate na semifinal. Na outra chave, o adversário do Real Madrid sai direto do jogo envolvendo os campeões da Ásia e da CONCACAF, Kashima Antlers e Chivas Guadalajara, que se enfrentam só no dia 15 de dezembro (sábado).
Por: José Roberto Coutinho
Foto: Divulgação/FIFA
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