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Foto do escritorImprensa EAR

A PERSISTÊNCIA DE QUEM INSISTE SONHAR



Não é novidade para ninguém que, no papel,a Argentina possui uma das melhores seleções do mundo. Mas, o que falta para esses caras alcançarem a glória? Por três vezes consecutivas, a Argentina viu-se perto de levantar um título. Em 2014, a seleção de Messi e companhia chegou até a final da Copa do Mundo. Com vitórias sobre Bósnia, Irã e Nigéria, eles avançaram às oitavas e, com um gol de Angel Di Maria na prorrogação, conseguiram, novamente, avançar, chegando às quartas. Após isso, embate extremamente complicado contra a forte Bélgica, com um gol de Gonzalo Higuaín no início do jogo. A seleção argentina confirmou sua ida para as semis, onde lá enfrentou a potente seleção holandesa de Robben, Sneijder e Van Persie. Depois do empate no tempo normal e prorrogação. Detalhe para a excelente partida de Javier Mascherano, que conseguiu parar Arjen Robben. Os argentinos seguiram para o seu caminho rumo ao título, mas, desta vez, foram castigados com um gol de Mario Gotze na prorrogação, que decretou o título para os alemães. Não teve como evitar. A geração de Lionel Messi bateu na trave do sonho que tinham.


Com o comando mudado, devido a problemas de saúde do ex-técnico Alejandro Sabella, Tata Martino foi o escolhido para ficar à frente do comando técnico da albiceleste. O seu primeiro desafio foi a Copa América de 2015. Dada as proporções, é chegado o momento de Martino. A seleção argentina conseguiu duas vitórias (1 a 0 contra Uruguai e Jamaica), e um empate contra o Paraguai (2 a 2). Eles conseguiram a primeira colocação do grupo B. Nas quartas de finais, outra difícil partida e, após 0 a 0 no tempo normal, que persistiu na prorrogação, a Argentina bateu a Colômbia nos pênaltis. Na semifinal, um chocolate! 6 a 1 no Paraguai, com show. Chegada a final, eles teriam, de fato, os adversários mais complicados. O anfitrião Chile, com o que, para muitos, era a melhor geração de sua história (com Vidal, Sanchez, Bravo, etc. e com Jorge Sampaoli em seu comando). Messi, na final, irreconhecível e, novamente, a Argentina foi vice-campeã. O roteiro se repetiu: um final doloroso e triste, e com muito drama.


A Copa América do Centenário foi, provavelmente, a que a Argentina conseguiu ter a sua melhor exibição, com 3 jogos e 3 vitórias (2 a 1 no Chile, 5 a 0 no Panamá e 3 a 0 na Bolívia), eles eram donos do melhor ataque (com 10 gols marcados), e da melhor defesa (junto a Venezuela, com apenas 1 gol sofrido). A seleção de Messi não teve problemas nas quartas e nas semis, bateram a Venezuela por 4 a 1 e os Estados Unidos por 4 a 0. Uma equipe forte e confiante! Mas, na final, novamente contra a seleção Chilena, outro empate e nova decisão nos pênaltis. Com Messi isolando a sua cobrança, o terceiro vice-campeonato, de forma consecutiva! Não deu, o camisa 10 foi às lágrimas, e os jogadores eram tomados por imensa tristeza após o jogo. Tata foi mantido no cargo, mas, pediu demissão após insatisfações. Edgardo Bauza foi escolhido o novo treinador, mas, com o medo de ficar fora da Copa do Mundo de 2018, não suportou a pressão e também foi demitido. E, então, um nome sonhado pelos argentinos, o cara que venceu a Argentina na Final da Copa América 2015, o treinador argentino Jorge Sampaoli. Se esperava um futebol vistoso e bem jogado. Porém, o resultado foi o contrário, e a vaga só veio no último jogo das eliminatórias, fora de casa, contra o Equador, na vitória por 3 a 1, com hat-trick de Lionel Messi. Os argentinos carimbaram o passaporte para a Rússia 2018.


Na Copa do Mundo de 2018, novamente, a Argentina não apresentava um bom futebol. Empatou com a Islândia na primeira partida (1 a 1), perdeu para a Croácia (3 a 0). Mas, a vaga veio na última rodada: a Argentina bateu a Nigéria (2 a 1), com gols de Messi e Rojo, e avançou para a próxima fase. Nas oitavas, não aguentaram, ao enfrentar os campeões mundiais. A França venceu por 4 a 3, mesmo após a Argentina ter virado o jogo, e encerrou, assim, o sonho da Albiceleste, e também a passagem de Jorge Sampaoli pela seleção.


A AFA ainda busca uma nova safra que, após diversos fracassos, consigam trazer alegrias para o seu povo. E, para isso, Lionel Scaloni foi escolhido o novo treinador. Buscando a renovação, novos jogadores foram convocados. Giovani Simeone, Gonzalo Martínez... será que agora, o bom atacante Mauro Icardi receberá a sua oportunidade com a camisa da Argentina? E jogadores que não conseguiram vingar ainda em sua seleção, serão lapidados para tornarem-se protagonistas junto a Lionel Messi, como Paulo Dybala? No último amistoso, Icardi e Dybala marcaram para a Argentina contra o México. Seria o começo de um novo ciclo para os argentinos? Existem muitas dúvidas quanto a isso, mas, o jeito é esperar, e ver de perto como será o trabalho de Lionel Scaloni e Pablo Aimar sob o comando da seleção Argentina.



Por: Caio Luiz

Foto: REUTERS/Marcelo Ruiz





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