Muito se sabe que o Atlético-PR tem sido um clube em constante desenvolvimento no futebol brasileiro. Finalista da Copa do Brasil 2013 e terceiro colocado do Brasileirão do mesmo ano, a equipe do Paraná sempre busca evoluir para consolidar-se como uma das principais equipes do futebol nacional. Em 2018, resolveram apostar no ousado e inovador Fernando Diniz e, com apenas cinco vitórias em vinte e um jogos, o treinador foi demitido. O furacão, até então, ocupava a penúltima colocação do Campeonato Brasileiro.
O escolhido para comandar o rubro-negro foi o treinador campeão do Paranaense desta temporada com a ''equipe B'', Tiago Nunes. Ele não conseguiu evitar a eliminação do CAP para o Cruzeiro na Copa do Brasil, porém seguiria firme para os dois objetivos do time na temporada: livrar-se do rebaixamento e, quem sabe, sonhar na Copa Sul-Americana. No cenário continental, a equipe eliminou um tradicional clube uruguaio, o Peñarol, vencendo em casa (por 2 a 0) e no Uruguai (por 4 a 1). Além disso, engatou uma sequência de quatro vitórias consecutivas, espantando o fantasma do rebaixamento, vencendo Flamengo, Grêmio, Vasco e Bahia. Porém, perdeu três consecutivas, após a vitória contra o Bahia, para Palmeiras, Atlético-MG e Chapecoense.
Depois de vencer o Fluminense, o rubro-negro do Paraná poderia retornar sua atenção para a Copa Sul Americana, e não foi diferente. Vencendo o Caracas na Venezuela, eles garantiram a vantagem no jogo de volta, em casa. Na segunda partida, também venceram o time venezuelano por 2 a 1, garantindo sua vaga nas quartas de final contra o Bahia. Antes do confronto das quartas, venceram América-MG e Sport, ambos por 4 a 0, e, de vez, se colocaram longe do rebaixamento. Diante do esquadrão, o CAP venceu fora de casa por 1 a 0, e perdeu em casa pelo mesmo placar, decidindo a sua ida às semis nas penalidades máximas.
Mais um confronto contra um brasileiro, o Fluminense. E, desta vez, com duas vitórias por 2 a 0. O sonho, então, está cada vez mais próximo. Na final, o Junior Barranquilla, uma boa e subestimada equipe colombiana. O Atlético-PR, mesmo sem conseguir jogar no seu tradicional modo fora de casa na Sul-Americana (foram 5 jogos fora de casa e 4 vitórias, até chegar a final), a equipe parecia nervosa, mas, mesmo assim conseguiu abrir o placar com Pablo. Porém, minutos depois, Yony González empatou o jogo para o Junior. A equipe colombiana teve a oportunidade de ampliar com um pênalti perdido pelo zagueiro Rafael Pérez, e ficou decidido o empate, no primeiro jogo da final.
E agora, o Atlético que estava na penúltima posição do Brasileiro, correndo riscos no início do campeonato, encontrou no jovem treinador de 38 anos, Tiago Nunes. Com a oportunidade de conquistar um título internacional significativo, ele retomou a confiança da torcida no time e a confiança dos seus próprios jogadores. O Atlético-PR mudou o seu jeito de jogar, mostrando que é uma equipe capaz, preparada e com grandes chances de ser campeã. Agora, jogará a decisão da final em casa, com o apoio da sua torcida, e com muita força de vontade para conquistar esse tão sonhado título, para coroar uma excelente evolução do Clube Atlético Paranaense, que tornou-se uma equipe forte, e um visitante temido pelos times na Copa Sul-Americana, e no Brasileirão, um mandante totalmente respeitado.
Por: Caio Luiz
Foto: Divulgação
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